A preocupação ambiental foi marca registrada da penúltima etapa do principal circuito de surf do país, que aconteceu de 3 a 7 de novembro, na Praia da Joaquina, na capital
08/11/2010 “Atingimos todos os nossos objetivos, e ainda superamos vários referentes à questão ambiental. Conseguimos sensibilizar um número considerável de pessoas que realmente se preocupam com o nosso ecossistema. Floripa foi uma ótima surpresa para nós”, comemorou Sérgio Mello, diretor da Brasil1 Esporte, empresa organizadora do evento.
Durante o campeonato, a Praia da Joaquina contou com lixeiras de coleta seletiva feitas de placas de tubos de pasta de dente recicladas, onde todo material reciclável foi encaminhado a um centro de triagem de resíduos montado no local. No sábado (6), houve um mutirão de limpeza dos microlixos que se acumulam nas praias que contou com a presença de cerca de 100 moradores da capital catarinense. Nos cinco dias do evento forrecolher 580 quilos de lixo na praia. Desses, 120 quilos eram orgânicos e o restante, 460 quilos, foi encaminho à cooperativa de reciclagem Pixurum.
O círcuito teve um espaço denominado “Surf e Sustentabilidade”, onde foram realizadas exposições sobre o impacto ambiental do plástico nos oceanos e contou com a presença da equipe do projeto Tamar. O público também recebeu dicas sobre sustentabilidade e consumo consciente.
Na noite do primeiro dia de evento, quarta-feira (3), houve ainda o Ecoencontro, um mini seminário sobre “Sustentabilidade e o Meio Ambiente Costeiro: Ameaças e Oportunidades”, que aconteceu no Hotel Praia Mole Eco Village. Na ocasião, estiveram presentes lideranças comunitárias, comunidade do surf, universitários, representantes do poder público e de ONGs da região.
Em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, o Brasil Surf Pro 2010 realizou visitas guiadas e atividades educativas gratuitas, que foram conduzidas pela educadora ambiental Bruna Nazzari. Segundo Glenn Subba, diretor da ONG Surfrider Foundation Brasil, 420 crianças da rede pública municipal de ensino foram atendidas com sólido embasamento pedagógico.
Além das ações promovidas pelo evento, a equipe composta por 300 pessoas que trabalharam no Brasil Surf Pro 2010, e ainda atletas e parceiros, também estiveram inseridos na mobilização ambiental, adotando atitudes sustentáveis no dia a dia da competição. Na estrutura do evento, não entraram copos de plástico, por exemplo, somente canecas de plástico reciclado de uso individual e reutilizável, mantendo-a em uso durante todo o campeonato. E ainda, a imprensa recebeu pen drives em forma de prancha feito de madeira certificada em áreas de manejo florestal e os atletas ganharam parafinas biodegradáveis de soja, uma parceria do evento com a Sticky Bumps. Toda a estrutura do evento, aliás, foi de material reaproveitado. O palanque onde trabalham diretores de competição, juízes, produção e imprensa, foi montado com placas de OSB (madeira reciclada) que se encaixam, assumindo o formato necessário para cada etapa. Dessa forma, a organização não precisou adquirir novo material para cada parada do evento e evitou deixar para trás restos de estrutura e resíduos nas praias por onde passou.
Lixo recolhido
140 kg – vidro
120 kg – orgânico
100 kg – microlixo
70 kg – papelão
45 kg – pet
40 kg – placa de alumínio
35 kg – plástico de filme
20 kg – plástico polipropileno
10 kg – tampinhas
ECOencontro divulga sustentabilidade no Brasil Surf Pro
O ECOencontro foi apresentado na quarta-feira (3), no Hotel Praia Mole Eco Village, pela Petrobras, a atletas participantes do Brasil Surf Pro e aos amantes dos oceanos. Na cerimônia de abertura, Roberto Vámos, representante da ONG The Climate Project no Brasil, falou sobre “Ameaça Silenciosa – impacto do aquecimento global e da poluição nos oceanos”. Em seguida, Glenn Subba, diretor da ONG Surfrider Foundation Brasil, que também atua como consultor ambiental do Brasil Surf Pro 2010, apresentou o Programa de Sustentabilidade do BSP 2010 – Parcerias e Resultados. Na ocasião, Glenn enfatizou a importância da conscientização ambiental pelas mãos dos surfistas. “A comunidade do surf no mundo é muito poderosa e articulada. Eles podem usar essa boa influência para gerar inúmeros benefícios à população em geral”.
Ao final do encontro, aconteceu o debate “Desafios e oportunidades ambientais na Ilha de Santa Catarina”, com participação de Fred Leite (presidente da Fecasurf), Julio Mudat (consultor ambiental da Fecasurf), Roger Souto Maior (presidente da ACES), Mario Pereira (analista ambiental ICMBio), Alexandre Castro (Instituto Ilhas do Brasil) e o surfista Guga Arruda.
Moradores de Florianópolis participam do mutirão de limpeza do Brasil Surf Pro 2010
Cerca de 100 pessoas participaram, no sábado (6), do mutirão de limpeza na praia da Joaquina, organizado pelo Brasil Surf Pro 2010, em parceria com a Associação de Surf da Joaquina e ONG Joaquina Surf Club. O foco deste ano foi atingir o público adulto sobre a importância da limpeza dos microlixos que se acumulam nas praias, sendo um dos principais problemas da poluição dos mares.
“Crianças e adolescentes são mais participativos nesse tipo de ação. Hoje, aqui na Joaca, procuramos focar no público adulto, e a surpresa foi boa. Os moradores de Florianópolis estão de parabéns”, afirmou a educadora ambiental do evento, Bruna Rocha Nazzari.
Para Jefferson Sperling Veloso, presidente da Associação de Surf da Joaquina, os trabalhos desenvolvidos na área ambiental trouxeram não só para a praia da Joaquina como também para Florianópolis um legado consistente. “As tarefas desenvolvidas em parceria com o Brasil Surf Pro, além da limpeza que foi feita na praia e nas dunas juntamente com toda a revitalização do local onde são realizados os campeonatos de surf, serviram para conscientizar ainda mais a comunidade local. Essa ação funcionou como uma escola educativa para nós”, finaliza Jefferson.
BSP e Petrobras doam pranchas de surf a projeto social de Floripa
A interatividade com projetos sociais locais também foi uma preocupação do principal circuito de surf do Brasil. Ainda no sábado, o Brasil Surf Pro 2010, com o apoio da Petrobras, doou quatro pranchas de surf ao projeto Procurando Caminho – Resgatando Vida. “Trouxemos do Rio o coordenador da Rocinha Surf Escola, Ricardo Bocão, para nos representar na entrega das pranchas, que aconteceu durante o terceiro Festival de Surf do Procurando Caminho, na praia do Matadeiro. No local, os dois projetos puderam trocam informações essenciais”, contou Glenn Subba, diretor da ONG Surfrider Foundation Brasil.
Com a preocupação de tirar crianças e adolescente do ócio, o Procurando Caminho – Resgatando Vida, do Centro Cultural Escrava Anastácia, oferece a prática do surfe e de outras atividades de aventura como prevenção e opção às drogas e à criminalidade. Outro ponto fundamental é mostrar aos jovens de comunidades menos favorecidas da grande Florianópolis que o esporte pode ser uma alternativa e que existe uma chance de superação através dele.conta hoje com cerca de 100 jovens da Grande Florianópolis participando de suas atividade.
O Brasil Surf Pro 2010, que conta com os principais atletas de surf do País em busca do título de campeão brasileiro além da premiação recorde de R$ 1 milhão, foi realizado pela Brasil1 Esporte, com patrocínio da Petrobras, Skol e Hawaiian Dreams (HD), apoio da Azul – Linhas Aéreas Brasileiras, dos canais SporTV e Multishow, Editora Globo (Revistas Época e Época Negócios) e da TV Jam. O campeonato conta com recursos da Lei Federal de Incentivo ao Esporte, organização da Associação Brasileira de Surf Profissional (Abrasp) e produção da MaxSports. Esta quarta e penúltima etapa, na Praia da Joaquina, também conta com apoio da Prefeitura Municipal de Florianópolis, por meio da Fundação Municipal de Esportes, da Federação Catarinense de Surf – Fecasurf, e da Associação de Surf da Joaquina – ASJ. Mais informações no http://www.brasilsurfpro.com.br/pro/