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Florianópolis, 28 novembro 2024
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Moradores querem que área no Centrinho vire um parque e não um empreedimento comercial

Para que não sejam construídos prédios e empreendimentos comerciais numa área verde de 10 hectares, no Centrinho da Lagoa da Conceição,constrç em Florianópolis, moradores do bairro protestaram, ontem, no terreno conhecido como vassourão. A manifestação foi pacífica.

Apesar de ser particular, a comunidade quer que a área seja transformada num parque comunitário.

– Esse desejo é antigo e foi bastante discutido com o poder público e no Plano Diretor Participativo. Sabemos que é um terreno privado, mas o bem coletivo deveria sempre prevalecer – ressaltou o morador do bairro, Carlos Magno Nunes.

Um dos organizadores da manifestação, Eduardo Paredes, informou que o pedido do terreno para fins público foi formalizado por 53 entidades sociais, comerciais e empresariais, há mais de um ano.

– Esse é último espaço verde da região. Estamos indo na contramão do que tem sido pregado, que é preservar áreas verdes.

O ex-presidente da Associação de Moradores da Lagoa, Lelo de Oliveira, defendeu uma reunião com prefeitura, moradores e empresários, para se chegar a um acordo.

– O proprietário está no direito dele. Mas se for empreendimento com mais de dois pavimentos não podemos permitir. Isso é lei municipal.

O terreno, usado para pousos de parapente e asa-delta, pertence a uma família moradora do bairro. A empresa que irá construir é a Biterra Empreendimentos Imobiliários. A licença ambiental para o loteamento foi concedida pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma), que depois suspendeu a autorização. De acordo com o presidente da instituição, Murilo Flores, eles entenderam que ela ia contra a um decreto municipal, que estabelecia regras para construções na cidade.

– Mas, depois esse decreto, foi considerado inconstitucional pela Justiça e a licença voltou a valer – explicou.

O secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, José Carlos Rauen, disse que a prefeitura está aberta a um diálogo entre comunidade e empresários, mas observou que, por ser um terreno particular, eles não têm muito o que fazer.

– Imagina o valor desta área. Quem pagaria por esta conta?

(Por JÚLIA ANTUNES LORENÇO, DC, 13/10/2010)