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Florianópolis, 26 dezembro 2024
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Mostra expõe cultura indígena na UFSC e UDESC

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Os saberes e as artes dos povos indígenas não são muito conhecidos nos centros urbanos brasileiros. Aos poucos, as universidades se abrem e começam a receber alunos e professores indígenas. Hoje, no Brasil, vivem 234 povos indígenas que falam 180 línguas e dialetos diferentes entre si. É uma riqueza enorme de rituais, danças, tecnologias de roça e caça, maneiras de pensar e viver no mundo.

Entre 13 e 16 de outubro, um pouco dessa riqueza estará presente na II Mostra de Arte Indígena, na UFSC, na UDESC e no Museu da Escola Catarinense. Os povos Guarani, de Santa Catarina, e Kaxinawá, do Acre, junto a antropólogos e outros artistas trazem um pouco de seus saberes e artes para compartilhar. Mestres indígenas vêm ministrar oficinas de pinturas corporais, entalhes, cestaria, tear e canto. Haverá também uma sala de “sensorialidades”, uma instalação interativa, onde dentro de uma maloca – casa comunitária – as pessoas podem descansar deitadas na rede e apreciar projeções de fotos e filmes, curtindo audições de sons da floresta e músicas de rituais indígenas.

No Hall da Reitoria será exibida uma obra de Frank Koopman, escultor holandês que, a pedido do professor da UFSC e antropólogo Oscar Calavia, montou um tótem de equipamentos industriais reconstruídos com madeira e materiais diversos, empilhados em 4,5 metros de altura.

A agenda prevê também aulas abertas para estudantes do ensino médio e infantil, professores, pedagogos e demais interessados, nas quais serão apresentados e debatidos temas como “xamanismos contemporâneos”, “musicalidades do povo Javaé”, “parentalidades indígenas” e “história da antropologia catarinense”. No horário do almoço, na FAED/UDESC, exibição de filmes feitos por indígenas no projeto “Vídeo nas Aldeias”. Todas as atividades são gratuitas. No sábado, o projeto Cinearth traz o longa Terra Vermelha, no Museu da Escola Catarinense, às 18 horas.

A mostra tem o objetivo de proporcionar ao grande público uma forma relacional e sensorial de conviver com os povos indígenas. Assim, professores e estudantes poderão conhecer e conviver, em atividades artísticas e pedagógicas, com indígenas de dois povos, um do Acre e outro de Santa Catarina. “Será uma oportunidade para que as pessoas desfaçam eventuais estereótipos e sejam sensibilizadas pela compreensão antropológica de que somos parte de um povo rico em diversidade social e cultural”, diz Barbara Arisi, doutoranda em Antropologia Social pela UFSC.

“A ideia é tornar comum e corrente palavras que parecem longe do vocabulário diário das escolas como antropologia e povos ameríndios. É oferecer uma oportunidade para que o aprendizado se dê num ambiente relacional, estético e agradável. É esse mundo da antropologia e de povos ameríndios que queremos compartir”, acrescenta.

Confira a programação no blog mostraindigena.blogspot.com.Inscrições para oficinas pelo e-mail: mostraindigena@gmail.com.