O catarinense desafiante, Guilherme Grillo, tem mais de 1 milhão de alunos e é considerado o mago da inteligência artificial
O empresário Guilherme Grillo, 30 anos, é movido a desafios. Proprietário da Danki Code AI, ele está acostumado a desafiar a si próprio, seja no universo profissional, na vida pessoal ou nos esportes. Em meio a um de seus treinos de luta marcial, Grillo resolveu fazer uma brincadeira: marcou o ícone do boxe brasileiro Acelino Freitas (Popó) em um story do Instagram em tom de desafio. Da provocação online, veio a oportunidade de lutar com o ídolo, e o público vai poder conferir o duelo entre o “Mago da Inteligência Artificial” e o Super Campeão mundial de boxe em cima de um ringue, na principal atração do Danki Fight Show, marcado para o dia 23 de março, na Stage Music Park, em Jurerê Internacional, em Florianópolis. Os ingressos já estão à venda na Blueticket. O evento faz parte das comemorações do aniversário de 351 anos da cidade de Florianópolis.
Natural de Florianópolis, o torcedor do Avaí – o carinho pelo Leão da Ilha não vem por acaso, o Estádio da Ressacada leva o nome do seu bisavô, Aderbal Ramos da Silva – Guilherme Grillo é um daqueles prodígios da tecnologia. Começou a programar aos 13 anos de idade, desenvolvendo sites, por hobby. Com 15, começou a criar servidor de jogos – algo que, 15 anos atrás, era muito popular, mas muito difícil de fazer. Ainda era cedo para projetar que a atividade se transformaria em um grande negócio, mas naquela idade, o jovem já definiu que seu futuro profissional seria na área da tecnologia.
Era o que gostava de fazer e era bom naquilo. Era bom nos esportes também. Pensou em fazer carreira jogando tênis, esporte que começou a praticar também aos 13 anos. Chegou a morar nos Estados Unidos por dois anos, com a ideia de jogar profissionalmente, mas anos depois entendeu que não iria tão longe nas quadras.
Agora, no mundo da tecnologia, o céu é o limite! Teve proposta para fazer faculdade fora do país, mas recusou, porque entendeu que o propósito da sua vida estava dentro da sua própria casa, em Florianópolis. Foi atuando profissionalmente na Capital catarinense que ele viria a ser reconhecido no mundo da tecnologia como “Mago da Inteligência Artificial”.
– Muitas pessoas da área de tecnologia me chamam de mago da inteligência artificial. E o principal motivo que alegam é que eu faço os aplicativos muito rapidamente. Quando entro na ‘caverna’, começo a programar e depois de dois dias está no ar” – explica.
“Caverna” é o apelido carinhoso atribuído ao espaço onde mergulha para desenvolver suas criações, como a plataforma da Danki Code, lançada em 2017.
– Lembro que fiquei programando aqui igual um maluco durante seis ou sete meses. Hoje, a plataforma atende mais de 1 milhão de alunos e atinge todos os públicos, desde crianças de 8 anos de idade até o pessoal da “melhor idade”, acima dos 60 anos.
O sucesso da plataforma vem da premissa de simplificar a ideia da inteligência artificial para facilitar a vida dos usuários, transformando a ferramenta em algo acessível para todos, independentemente do nível de escolaridade. Para Grillo, esse é o segredo da Danki Code.
A amplitude do entendimento da inteligência artificial não veio por acaso. É fruto de muito estudo e da bagagem como programador, desde os tempos em que desenvolvia sites e jogos, passando pelo desenvolvimento de block chains (a complexa estrutura de códigos das famosas Bitcoins). Todo esse conhecimento “somou” para transformar aquele jovem programador de 13 anos no visionário da inteligência artificial, uma “celebridade” no universo da tecnologia, com um séquito notável de seguidores nas redes sociais e em seu canal no YouTube.
E como o desafio maior é em cima do ringue, até na preparação para a luta a inteligência artificial pode dar uma “mãozinha”. O empresário usou a ferramenta para analisar os movimentos de Popó durante um combate.
A preparação tem sido intensa na “caverna 2”, o espaço da casa onde treina e mantém contato com a natureza. Lá, no ringue particular com vista pro mar, trabalha a técnica, o condicionamento físico e o aspecto mental, com o treinador Guilherme Coutinho.
Essa prática o levou a relembrar das primeiras incursões no mundo das lutas, quando iniciou no muay thai, cerca de 10 anos atrás. Na época, o filme “Batman Begins”, de 2005, era fonte de inspiração. E continua sendo.
– Este filme sempre foi minha motivação. É um filme que causa uma sensação especial em mim. Um filme que eu via quando tinha 20 anos e comecei a lutar. E agora estou revendo, porque literalmente estou passando por uma etapa na minha vida pela qual eu nunca passei, da pressão, da exigência da parte física, de ir ao limite do físico. E da parte mental também.
No filme, há uma frase que ainda provoca arrepios no empresário: “Se você se tornar mais do que um simples homem, se você se dedicar a um ideal, e se não conseguirem detê-lo… Então, você se tornará algo totalmente diferente; uma lenda”. É isso que o motiva. É isso que o desafia.
Claro que há um grande obstáculo no meio do caminho: um pugilista lendário que estará fazendo sua despedida dos ringues. Mas a missão não o intimida. O desafiante diz que a pressão não é “maior”, pelo fato de ser a última luta de Popó. A responsabilidade de “dar um show” é a mesma. A necessidade de superar desafios, que sempre o motivou e o impulsionou a desenvolver os mais de 100 projetos que já criou na carreira, é a mesma. E ele está se preparando para isso.
– Eu treino como se fosse um desafio muito maior – finaliza.
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Foto com a luva: Alexandre Bonfim | Divulgação DFS