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Florianópolis, 24 novembro 2024

Alimentos e passagens aéreas mantêm alta da inflação em outubro, mostra Udesc Esag

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Cebola e batata estão entre os itens que puxaram para cima a inflação dos alimentos

Os preços dos produtos e serviços consumidos pelas famílias de Florianópolis subiram 0,30% em outubro, praticamente o mesmo índice do mês anterior. Os dois principais grupos de itens, que juntos compõem mais de 40% do índice de inflação e tiveram variação negativa em setembro, desta vez foram os que puxaram os preços para cima: alimentação e bebidas (0,74%) e transportes (0,46%).

Como a variação de outubro deste ano foi maior que a do mesmo mês em 2022, o índice acumulado nos últimos 12 meses subiu para 5,66%. Já a inflação registrada entre janeiro e outubro de 2023 está em 4,54%.

Os números são do Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da Fundação Esag (Fesag).

Alimentação

Os alimentos tiveram alta de 0,74% em outubro, concentrada nos produtos comprados em feiras e supermercados para consumo em casa, que subiram 1,26%. Já em relação às refeições feitas fora de casa, praticamente não houve alteração média nos preços (variação de -0,01%).

Os maiores aumentos foram os dos tubérculos, raízes e legumes (13,11%), com destaque para a cebola de cabeça (38,6%) e batata inglesa (22,9%). As frutas também tiveram alta forte (11,65%). As que mais subiram foram o morango (30,1%), melancia (24,2%), mamão (20,3%) e maçã (11,4%).

Também houve alta dos óleos e gorduras (1,42%), carnes e peixes industrializados (1,27%), cereais, legumes e leguminosas (1,17%), pescados (1,05%), bebidas e infusões (0,94%), carnes (0,85%), hortaliças e verduras (0,45%), açúcares e derivados (0,41%) e sal e condimentos (0,33%).

O subgrupo de leite e derivados teve a maior queda (-2,70%). Ficaram mais baratos itens como queijo prato (-6%), leite condensado (-5%), leite em pó instantâneo (-4%) e leite longa vida (-2,8%). Também caíram os preços das aves e ovos (-0,74%), panificados (-0,69%), farinhas, féculas e massas (-0,65%) e enlatados e conservas (-0,50%).

Transportes

Mesmo com a queda nos preços dos combustíveis (-0,58%), o grupo de preços ligados aos transportes teve alta de 0,46% em outubro. O índice foi puxado para cima principalmente pelo preço das passagens aéreas, que subiram 13,2% – levando a uma alta de 3,5% no subgrupo de transportes públicos. Como os transportes correspondem a mais de 20% do consumo das famílias, o impacto é significativo.

Além de alimentação e transportes, houve alta em outubro nos grupos de preços pesquisados ligados a habitação (0,31%, puxado pela alta de 1% no gás de cozinha), despesas pessoais (0,80%) e educação (0,21%). Houve queda nos artigos de residência (-0,35%), vestuário (-0,35%) e saúde e cuidados pessoais (-0,42%). Os serviços de comunicação permaneceram com os preços estáveis.

Sobre o Índice de Custo de Vida

O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 31 de outubro. O índice é publicado regularmente há mais de 50 anos.

A metodologia é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional. Para o cálculo do ICV, a Udesc Esag conta com o apoio da Fundação Esag (Fesag) na atualização das ferramentas utilizadas.

Mais informações podem ser obtidas em udesc.br/esag/custodevida, onde é possível consultar os boletins mensais (desde 2010) e as séries históricas (desde junho de 1994) do ICV/Udesc Esag.