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Florianópolis, 24 novembro 2024
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Saúde: o que são os 4 níveis de prevenção?

SaúdeSaúde: o que são os 4 níveis de prevenção?
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As quatro etapas trabalham com diferentes estágios das doenças e visam dar qualidade de vida aos pacientes

A medicina preventiva tem como um dos principais objetivos proteger a saúde dos pacientes e controlar doenças em diferentes estágios. Dentro desta área, são estudados os níveis de prevenção, atualmente divididos em 4, podendo, em alguns casos, chegar a 5, uma novidade pós-pandemia.

Se você quer saber tudo sobre residência médica, precisa conhecer os níveis de prevenção, já que é um dos pilares estudados para as provas de residência. Entenda mais sobre o assunto!

Prevenção primária

São ações focadas no objetivo de impedir o surgimento de doenças. A ideia é proteger as pessoas e está dividida em dois conceitos, o de promover a saúde e a proteção específica.

Com esse tipo de prevenção é possível reduzir os gastos com os tratamentos de doenças. Aqui estão presentes os programas de vacinação e imunização, além de ações e campanhas educativas.

O incentivo à prática de atividades físicas, a melhora na alimentação, o uso de preservativo nas relações sexuais, campanhas sobre os malefícios de bebida alcoólica e cigarro ou do uso do cinto de segurança no trânsito, são parte da prevenção primária.

Prevenção secundária

Neste caso, a doença já existe, porém, o foco está em descobrir ainda no início, nos primeiros estágios e já iniciar o tratamento. Se envolve uma doença infecciosa, o objetivo inclui, inclusive, controlar a disseminação.

O diagnóstico precoce ajuda no tratamento e na recuperação da saúde, portanto, a prevenção secundária também é importante. Entram aqui os programas de rastreio, para verificar a pré-existência de uma doença, mesmo que sem sintomas.

Inclui os casos de câncer de mama, de colo de útero, de boca, de cólon e reto, de pele e de pulmão, da hipertensão arterial, do diabetes, o teste do pezinho, feito nos bebês, diagnosticados ainda no início e como medida preventiva.

Prevenção terciária

Assim como na prevenção secundária, neste caso a doença já existe, mas não está no começo. O objetivo passa a ser evitar danos e perdas funcionais, para que o paciente leve uma vida normal. Ou seja, permitir uma melhora ou boa qualidade de vida e o retorno às suas atividades diárias.

São feitos cuidados de longo prazo, medidas paliativas e acompanhamento para observar a evolução do quadro. Um exemplo é a reabilitação de um paciente após um AVC (acidente vascular cerebral). A enfermidade já aconteceu e o profissional de saúde vai ajudar o paciente em sua recuperação.

Outro exemplo de prevenção terciária envolve o acompanhamento para ver se o paciente está tomando a medicação ou seguindo os cuidados recomendados, para evitar que o quadro evolua e ocorra uma piora da doença.

Prevenção quaternária

É o último nível, quando o paciente já está com uma doença ao nível mais avançado. Esta etapa identifica medidas e tratamentos desnecessários para o paciente, buscando oferecer uma melhora na qualidade de vida.

Há também a prevenção ao uso de medicamentos em excesso e de cirurgias desnecessárias. Assim, o desafio está em encontrar tratamentos e outras medidas realmente eficazes para o paciente, já que, em muitos casos, tratar pode ser pior do que lidar com a doença, ou seja, o tratamento é agressivo.

Prevenção quintenária

É uma novidade, surgiu após a pandemia da covid-19 e ainda não é tão falada. Nesta fase, o foco está em cuidar de quem cuida, ou seja, do profissional de saúde. São medidas que visam melhorar a qualidade de vida deste, enquanto atua ajudando seus pacientes.

Um bom exemplo é a prevenção ao Burnout e o acompanhamento psicológico da equipe envolvida, visando prevenir a exaustão e, consequentemente, melhorar o atendimento aos pacientes, mesmo em uma emergência.

Situações aparecem em mais de um nível

Para entender melhor a questão dos níveis de prevenção, vale comentar que uma mesma enfermidade pode aparecer em diferentes níveis. O HPV, por exemplo, no primeiro nível inclui a vacinação e o incentivo ao uso da camisinha, no segundo, o exame ginecológico, como medida de rastreio.