No Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência conheça as iniciativas empregadas por uma cooperativa médica de Santa Catarina
Além de uma importante ferramenta de responsabilidade social, a contratação de pessoas com deficiência (PCDs) proporciona a consolidação de valores importantes para as empresas, como a empatia e a inclusão.
No Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, em 21/9 (instituído por iniciativas sociais no ano de 1982 e oficializado pela lei Nº 11.133 de 14 de Julho de 2005), empresas intensificam suas ações para discorrer sobre oportunidades e igualdade no mercado de trabalho. Para além da data, a Unimed Grande Florianópolis, maior operadora de planos de saúde em Santa Catarina, realiza as ações para as pessoas com deficiência se desenvolverem ao longo de todo o ano. Ao todo, 60 PCDs colaboradores da empresa encontram ambientes acolhedores, plurais e de diversidade cultural nos quais são recebidos com respeito e oportunidades de crescimento profissional para que tenham participação plena na cooperativa e na sociedade. “Instituímos, inclusive, uma equipe específica de Cultura, Diversidade e Inclusão, com o objetivo de intensificar a busca por ambientes justos a todos”, lembra o colaborador Jeferson Luis Bispo dos Santos, supervisor da equipe.
Além de serem incentivados a participar do Recrutamento Interno para qualquer vaga, os colaboradores PCD têm acesso ao recrutamento interno exclusivo para eles. “Acolher PCDs é aprender com talentos, é compartilhar igualdade e a equidade de oportunidades, promover um senso de pertencimento em relação ao trabalho e sua relação com a sociedade ”, afirma a gerente de Gestão de Pessoas, Cristiane Bruchado.
Dentro da cooperativa, o Cordão Girassol, pensado para identificar pessoas com deficiências ocultas, oferece a preferência do atendimento e suporte diferenciado, visando o acolhimento e o bem-estar. O grupo focal para PCDs é outra iniciativa aplicada. Trata-se de um espaço seguro de fala, trocas e promoção de ações voltadas à sensibilização sobre as pessoas com deficiência. O acolhimento da Unimed Floripa com os colaboradores PCD é enfatizado pela assistente de relacionamento Giane Bolda dos Santos, que em agosto completou 11 anos no quadro de funcionários. “Já trabalhei em várias empresas e aqui é onde me sinto mais feliz e motivada. A cooperativa sempre teve espaço para a inclusão de PCDs, proporcionando oportunidades para todos, sem exceção”, diz Giane, que tem paralisia infantil na perna direita e chegou a encontrar dificuldades em conseguir trabalho, no começo da vida adulta.
Atendimento em libras
Empresas que costumam ter um olhar mais humanizado já perceberam que o ambiente acolhedor e inclusivo traz percepções imediatas: uma delas recai na jornada e na experiência, tendo em vista a relação mais próxima e pessoal. O outro é interno, ou seja, dentro da própria organização com colaboradores como parte do negócio e que se sentem acolhidos, respeitados e valorizados.
Em 2023, a Unimed Grande Florianópolis estruturou canais de atendimento exclusivos em Libras, a Língua Brasileira de Sinais, em parceria com a startup Pessoalize. A ideia surgiu da própria Unimed Floripa de acolher o cliente surdo e facilitar a comunicação. Enquanto que no Brasil são 10,7 milhões de pessoas com algum grau de deficiência auditiva e 2,3 milhões com surdez severa, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) apontam que Santa Catarina tem 300 mil surdos, sendo que uma parte expressiva tem a Libras como sua língua principal. Com esse olhar atento à realidade local, a Língua Brasileira de Sinais está presente no site e no aplicativo da operadora. “É um passo significativo e queremos ir além para entender cada segmento da sociedade e buscar contribuir da melhor forma”, refere-se o gerente Operacional e de Relacionamento, Leonardo Scheidt, sobre a visão mais inclusiva e humanizada da empresa.
