spot_imgspot_img
Florianópolis, 22 novembro 2024

Comissão Temporária da Casa Legislativa realiza 1ª visita às famílias a comunidade do Monte Cristo

PolíticaComissão Temporária da Casa Legislativa realiza 1ª visita às famílias a comunidade...
spot_img
spot_img

Compartilhe

Com o objetivo de fornecer assistência às vítimas do rompimento do reservatório da CASAN (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento), os vereadores membros da Comissão Temporária da Câmara de Florianópolis, também desenvolvida com o mesmo propósito, realizaram a 1º visita ao local da tragédia, na tarde desta sexta-feira, 15.

A visita feita in loco contou com a presença dos vereadores Claudinei Marques, vice-presidente da Casa, Sargento Mattos, Bericó, Renato da Farmácia, e das vereadoras Manu Vieira, Cíntia, da Mandata Bem Viver, Tânia Ramos, Carla Ayres e Mônica Duarte. 

Ainda nesta última segunda-feira, 11, uma reunião em conjunto com o presidente da Companhia, Edson Moritz, foi realizada na presidência da Casa visando melhor acompanhamento dos desdobramentos estabelecidos com relação ao ocorrido no bairro de Monte Cristo, prestando informações do trabalho realizado até o momento pela empresa, e estabelecendo novas providências de indenização às famílias atingidas. Além disso, um relatório contando com planejamentos de assistência foi apresentado.

Segundo o Presidente da Comissão  Temporária, Claudinei Marques,  ao acompanhar a visita relatou que foram localizadas algumas discrepâncias relacionadas ao relatório apresentado pela Organização. “Temos um relatório preliminar da CASAN, e estamos encontrando muitas divergências. Nosso objetivo nessa visita é ver as diferenças do que nos está sendo passado, para, assim, vermos o que realmente está acontecendo na comunidade. Hoje, estamos tirando um parâmetro. Temos que cuidar deste povo, esse é o objetivo dessa comissão”, afirmou.

Em sua fala, a vereadora Tânia Ramos destacou que levar a Comissão ao local do desastre é essencial. “Achávamos que as negociações com a CASAN já estavam bem evoluídas, e a realidade não é essa. A importância de nós estarmos hoje aqui, in loco, conversando com as pessoas, é entender de que forma elas estão sendo assistidas em acolhimento. Vemos que falta muita coisa”. 

Ela destacou, ainda, que uma próxima reunião local será realizada em parceria com o MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens).  “O MAB vem acompanhando o caso, e eles têm esse conhecimento, essa experiência já de muito tempo, e nós conversamos com eles. Eles estão diretamente aqui com a comunidade também, ajudando”, concluiu.

Maria do Carmo Duarte, de 84 anos, moradora da comunidade, abordou sobre como o auxílio estipulado pela CASAN foi fornecido. “Eles nos deram uma ajuda para comprarmos o necessário, vieram colocar uma fechadura na minha porta, mas o restante ainda está por fazer. As paredes estão todas molhadas, e não dá pra fazer nada, porque sou sozinha. Eles dizem que nos darão uma indenização para continuarmos nos virando. Eu tinha recebido até o meu salário, feito compras, não aproveitei nada, foi tudo. Comida tivemos, muita doação, que nos ajudaram muito. Tocamos a vida pra frente”. 

Como encaminhamentos, na próxima segunda-feira, 18, a Companhia utilizará 5 minutos em tribuna para transparecer um relatório atualizado sobre o caso. A partir do que for apresentado, uma nova reunião com a CASAN será solicitada, desta vez, em conjunto com a representação do Executivo. Além disso, novos requerimentos referentes ao caso serão levados à CASAN e ao Executivo para que a assistência adequada seja fornecida. 

Abordando sobre as primeiras impressões da visita ao bairro, a vereadora Manu Vieira enunciou que o ressarcimento da Companhia foi fornecido de forma rápida, entretanto, a avaliação não está sendo contemplada na fala dos moradores. “Temos aqui várias pessoas precisando de assistência psicológica, estão traumatizadas, mães com vários filhos que não conseguem retornar para as suas casas, então tem uma divergência grande, tem gente que perdeu muitos móveis, mas não têm condições de trazer móveis novos pra casa, porque o piso está totalmente irregular, estufado”, contou. “Devemos considerar tudo e sentir as necessidades das pessoas individualmente”, finalizou.

A expectativa é que a atuação do comitê traga resultados efetivos para as famílias afetadas. Através da colaboração entre a Câmara Municipal, a CASAN e demais órgãos competentes, espera-se que sejam encontradas soluções para o suporte imediato às vítimas, bem como para a reparação dos danos sofridos.

Créditos das fotos: Édio Hélio Ramos/CMF