Mais de 350 pessoas participaram da primeira edição do SC Inovação, que reúne governo, universidades, empreendedores e outras entidades para planejar o mercado de tecnologia
Evento aberto ao público para debater o futuro do ecossistema de tecnologia em Santa Catarina, o SC Inovação reuniu mais de 350 pessoas na Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), entre representantes da quádrupla hélice, academia, governo, iniciativa privada e sociedade civil organizada. Estiveram presentes também gestores de quase todos os Centros de Inovação da Rede Estadual, a saber, Criciúma, Tubarão, Lages, Videira, Joaçaba, São Bento do Sul, Rio do Sul, Joinville, Jaraguá do Sul, Blumenau, Brusque, Itajaí e Florianópolis. O encontro aconteceu na noite desta quinta-feira (23) e serviu para traçar os objetivos em comum dos principais atores em torno do desenvolvimento do ecossistema de tecnologia e inovação catarinense.
Para abrir o SC Inovação, o presidente da ACATE, Iomani Engelmann, apresentou os principais números do setor de tecnologia, que gera empregos com salários acima da média dos demais segmentos. Em Santa Catarina, o setor é responsável por 6,1% do PIB de Santa Catarina, contribuindo para a menor taxa de desemprego no Brasil, de 3,8%, segundo a Pesquisa Nacional de Amostras por Domicílio, divulgada em 2022. Ainda, de acordo com o Tech Report produzido pela ACATE, de 2015 a 2021 o número de startups cresceu 63,2%, maior crescimento registrado no país no período. “É um estado empreendedor e que forma talentos para o desenvolvimento de tecnologias”, reforça.
O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Santa Catarina, Marcelo Fett, também representou o governador Jorginho Mello durante o SC Inovação. Fett reforçou a importância da criação da nova secretaria na atual gestão e comparou o ecossistema catarinense ao de Israel, país no qual o setor de tecnologia é responsável por 15% do PIB. “É para onde queremos subir a régua, observando o mercado estrangeiro. É importante investir em inovação porque a inovação melhora a vida das pessoas”. Até o final do mandato, o desejo é que a participação do setor alcance 8% do PIB estadual.
O secretário de Planejamento de Santa Catarina, Edgard Usuy, também fez o uso da palavra e acrescentou: “A missão é planejar Santa Catarina pensando em inovação, considerando a transversalidade da tecnologia”.
O presidente da FAPESC, Fábio Wagner Pinto, ressaltou o papel da fundação na promoção de editais que fomentam a inovação e as parcerias promovidas por meio da instituição, entre empresas, pesquisadores e universidades, todos essenciais para o desenvolvimento do setor.
Como representante do poder legislativo nacional por Santa Catarina, o senador Jorge Seif assegurou em sua fala os seus esforços em levar o ecossistema de tecnologia para a pauta do Senado Federal e se colocou à disposição para auxiliar Santa Catarina a ser protagonista nesse tema.
No painel que encerrou o evento, cujo objetivo foi ouvir os representantes de alguns dos principais atores estaduais do ecossistema de tecnologia e inovação, estavam presentes o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcelo Fett; o superintendente Geral da Fundação CERTI, Erich Muschellack; o presidente da Comissão de Economia, Ciência, Tecnologia, Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, deputado Jair Miotto; o chefe de gabinete do reitor da UFSC, Bernardo Meyer; o diretor de Inovação e Competitividade da Fiesc, José Eduardo Fiates; o diretor técnico do Sebrae SC, Luc Pinheiro; o Vice-Presidente de Relacionamento da ACATE, Diego Ramos, e como mediadora, a diretora do grupo Mulheres ACATE e Fundadora e Presidente da empresa Nanovetores, Betina Zanetti Ramos.