É comum, entre pais e mães, algumas preocupações com relação à educação dos filhos na escola: Será que ele está motivado? Tem aprendido assuntos relevantes? Está acompanhando o conteúdo? Questões que voltam à tona agora, com o início de mais um ano letivo.
Para o médico Ernani Garcia, diretor técnico do Hospital de Olhos de Florianópolis (HOF), o baixo desempenho escolar, muitas vezes, não está relacionado ao desinteresse, à falta de comprometimento ou à dificuldade de aprendizagem. ”O problema pode estar na saúde dos olhos, o que gera dificuldades na leitura e na compreensão de conteúdo”, afirma o especialista.
Segundo o Ministério da Saúde, 30% das crianças brasileiras na escola sofrem problemas deste tipo. Os mais comuns nessa idade são a miopia (dificuldade para enxergar objetos que estão longe), a hipermetropia (incapacidade de visualizar claramente objetos próximos) e o astigmatismo (objetos desfocados tanto vistos de perto quanto de longe), que provocam dor de cabeça.
“A exposição intensa aos aparelhos eletrônicos e o uso constante desses equipamentos pode levar a sintomas como olhos vermelhos e irritados, olhos secos e cansaço”, acrescenta Ernani. Quando surgem, os problemas devem ser corrigidos o mais breve possível para permitir o desenvolvimento correto da visão. Ao perceber qualquer mudança, é importante consultar um oftalmologista e fazer uma avaliação, exames mais específicos e, caso necessário, indicar o uso de lentes corretivas.
A escola é e deve ser o lugar de boas descobertas, espaço que o estudante desenvolva sua paixão pelo conhecimento e aumente sua curiosidade, mas para isso é necessário, em primeiro lugar, que estejam todos com saúde.